segunda-feira, 22 de outubro de 2007




"Que seja assim!
Tardes que caem para que nasçam as noites...
Acordes que terminam para que a pausa prepare o som que virá...
A vida e seu movimento tão cheio de sabedoria.
Que seja assim! Que seja sempre assim!
Esquinas que dobramos com o desejo de alcançar outras esquinas.
Depois da chuva, o frescor...
Tudo prepara uma forma de depois, como se o agora fosse uma passagem constante que nos conduz com seu cordão invisível...
Eu vou... Vou sempre... Não sei não ir...
Minha curiosidade me move para dentro de mim.
Sou um desconhecido interessante.
A cada dia uma nova notícia me entrego.
Eu me dou em partes, como se devolvesse o que já sou, Àquele que me deu totalmente.
Vivo pra desvendar... Esquinas; tardes caídas; manhãs que se levantam com o sol...
Ando amando mais...
Meus amigos são tantos; meus limites também(...)
Eu desejo a sacralidade de cada dia.
Deitar no chão da existência é tão necessário.
Eu me levanto mais devolvido, porque há muitas partes de mim esparramadas, caídas pelas esquinas da vida.
Recolher-me é obra que faço por Deus.
Estou em reformas!
Deus o sabe...
Ele é que tirou a primeira pedra. Tirou. Não atirou. Deus não sabe atirar. Prefere tirar.
Eu deixo... Sou Dele.
Quero ser sempre mais...
Em partes, pra ser todo...
Ele me devolve a cada dia... Eu também.
Lição de casa que faço com gosto.
Vez ou outra Ele me olha nos olhos e me dita poemas.
Fico tão encantado que até esqueço as palavras.
Ele manda eu prestar atenção. Digo que não sei. Ele ri de mim.
"Poetas são todos iguais" - conclui enquanto mexe no meu cabelo.
Eu o vejo de perto, bem de perto.
Por vezes sinto o desejo de lhe pedir o impossível, mas aí me falta coragem.
Aí peço que me dê só o necessário.
Ele me surpreende com medidas que não mereço.
Fico mudo, sem saber dizer...
Ele me socorre com seu sorriso.
E de súbito, as palavras voltam a fazer parte de mim..."

(Pe. Fábio de Melo)


terça-feira, 9 de outubro de 2007

::: Love Forever :::

" A Saudade é um lugar que só chega quem amou..."

Em meio a tantas aflições que assolam minha vã existência, existe aquela luz que brilha em meio às trevas do sofrimento, e podemos chamá-la simplesmente de MÃE!
Existirá sentimento mais profundo e belo que esse amor incondicional que une nossas vidas? Não creio...
As mães são os anjos que Deus envia ao mundo para cuidar de nós e demonstrar no plano físico o Amor do Criador...
Hoje, apesar de todas as tristezas, decepções e amarguras eu lembrei de minha mãe... e pude chegar a conclusão que não sou um alguém sem ninguém...Eu sou um alguém que é essencial na vida deste outro alguém...e vice-versa...
Esse amor é o único que nunca morrerá! Nunca deixará de me amar! E é esta certeza que me dá forças pra continuar respirando... É certeza deste amor que me faz levantar todas as manhãs e enfrentar as dificuldades da vida...É a certeza deste amor que move os meus sonhos e minimiza a dor da realidade...
Mesmo distante fisicamente, a sua presença é real e constante em cada segundo dos meus dias...

Mãe, Minha existência depende da sua!





Onde Deus Possa Me Ouvir
(Vander Lee)

Sabe o que eu queria agora, meu bem...
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo desegano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender por que se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor...Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair...
Good bless you and me!

domingo, 7 de outubro de 2007

::: Fragmentos de mim :::



A cada pôr-do-sol que marca o findar de mais um dia,
Minh'alma triste declama sua solitária poesia...
Do meu silêncio, ecoa uma imensidão de palavras mudas,
Sonetos de lágrimas que alimentam a alma,
Sentimentos perdidos no universo sombrio da solidão,
Sonhos que entorpecem o duro sentido da realidade,
Versos de melancólia que permanecem invisíveis aos olhares egocêntricos...
E o que resta de mim?
Fragmentos de uma vida sem horizonte...
(S.M.)